De acordo com o coordenador do curso de graduação de Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), professor Victor Hugo Santos, atualmente, esse é o curso que apresenta o maior número de concorrentes. Segundo ele, entram para a graduação 25 alunos e se formam em média 15.
Na Universidade Federal Fluminense, o vice-coordenador do curso de Especialização em Engenharia de Petróleo e Gás, Fernando Cunha Peixoto, também observa a grande procura pela área. “Assim que os cursos de graduação e especialização foram iniciados, houve uma demanda muito grande”, diz.
Tanta procura por especialização nas áreas de petróleo e gás se explica pelos altos salários, resultante da escassez de mão-de-obra devidamente qualificada. Em recente entrevista ao jornal O Globo, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, admitiu não haver profissionais especializados em número suficiente para atender as demandas do setor de petróleo. Um entrave que, de acordo com o ministro, pode atrapalhar a transformação do Brasil em grande produtor mundial.
Para o vice-coordenador do curso de Especialização da UFF, Fernando Cunha Peixoto, mesmo com essa escassez e com os atrativos como os altos salários pagos por empresas, como a Petrobrás e algumas multinacionais, os alunos interessados em seguir carreira devem ficar atentos quanto ao nível de cobrança exigido. “É preciso pensar que o candidato que parte em busca de um curso não é propriamente um vocacionado para aquela atividade. É necessário que ele reflita bem antes de decidir por esta profissão, pois o curso é puxado e reflete um elevado nível de exigência”, alerta.
No entanto, Peixoto observa que o mercado para quem está se capacitando agora é muito favorável. “O aluno encontrará no futuro um cenário muito satisfatório. Porém, como em toda profissão, deve manter-se sempre atualizado e ter em mente que se trata de uma profissão global (deve-se ir onde o petróleo está). Assim, é importante aprender várias línguas e equacionar sua vida pessoal, para permitir tais deslocamentos”, conclui.
Fonte: http://www.crea-rj.org.br/